Em 2023 o Festival Movimento Cidade ocupa novamente o Centro Cultural Carmélia com muita arte e cultura. E dessa vez, três mostras audiovisuais serão exibidas gratuitamente nos dois dias de festival.
Na Mostra Movimento Cidade, os filmes selecionados são curta-metragens nacionais com filmes focados em re-flexões sobre cidades acessíveis, criativas e a relação das pessoas e suas manifestações artísticas e culturais.
Já na Mostra Cena Capixaba filmes de curta-metragem de realizadores do estado, com conteúdos que versam sobre urbanidade, memórias e cartografias afetivas das cidades do Espírito Santo, compõe um conjunto especial de obras que contextualizam o cenário plural e de diversidade nos municípios capixabas.
Conheça os filmes em competição:
Mostra Cena Capixaba
Atlântida (ES)
direção Diego Locatelli. 2021.
São Paulo é uma cidade onde é preciso se perder para experimentar a falsa sensação de se encontrar. Atlântida é um documentário performativo que explora as estruturas imaginadas da maior capital da América Latina através dos olhos estrangeiros de Nabillah Sedar. A simbiose entre os organismos urbanos e a pele do ator africano recria uma das muitas possibilidades de vagar por esta grande cidade.
Marés (ES)
direção Thais Helena Leite. 2022.
Três pescadores e um dos últimos carpinteiros navais da capital do Espírito Santo, Vitória, compartilham sua paixão pelo mar, fazendo também suas denúncias e reflexões sobre a vida de pescador.
Nostalgia (ES)
direção Raphael Araújo. 2020.
Uma pálpebra se abre nos transportando para um fragmento de memória. Uma menina vaga em um deserto surreal em que peixes voadores plantam bombas que germinam olhos carnívoros. Uma lembrança nostálgica.
Transviar (ES)
direção Maíra Tristão. 2021.
Carla da Victoria nasceu na tradição das paneleiras de barro, nome dado às mulheres que fazem as panelas de barro na cidade de Vitória-ES. Mulher trans, Carla é filha, neta e bisneta de paneleiras, ela aprendeu a modelar as panelas da mesma forma que modelou a si mesma. Transviar é sobre romper as regras e sobre os encontros que o manguezal pode proporcionar. O filme foi filmado em 16mm.
Meu Arado, Feminino (ES)
direção Marina Polidoro. 2020.
O documentário “Meu Arado, Feminino” apresenta em quatro histórias, distintas abordagens sobre mulheres camponesas. Do quilombo ao MST, de plantação caseira de estufas de flores a sítios orgânicos de agricultura familiar, o filme recorre às falas das mulheres por trás dessas localidades e qual sua visão sobre o papel que exercem.
Má Influência (ES)
direção Lucas Henrique. 2021.
Uma experiência narrativa visual e sonora de 4 amigos do ES explorando as ruas de São Paulo pela primeira vez para andar skate.
Calado (ES)
direção Maresia. 2014
Grave e penetrante se incorpora à paisagem. O corpo estranho e majestoso em meio à metrópole. Calado é a profundidade que um navio imerge em água. Que imerge em nós.
Mostra Movimento Cidade
Maracatu x Passinho (SP)
direção Rodrigo Pépe e Priscila Paciência. 2022.
“Maracatu vs Passinho” é um experimento-ação com intuito de criar obras com técnicas contemporâneas abordando temáticas e expressões folclóricas e regionais. Convidamos um bailarino de Passinho, expressão genuína das favelas cariocas e um Caboclo de Lança, personagem emblemático do Maracatu, para apresentarem um pouco de suas expressões em um amistoso duelo.
Mudez (RJ)
um clipe de O Bando & Jupy
direção Gabriela Gaia Meirelles. 2020.
Mudez é um clipe de disputa entre o coração, a cabeça e o espelho. A busca do eu, a briga com o ego. Um debate sobre fragilidade masculina, masculinidade tóxica e as máscaras que abarcam o que se pretende masculino, com M maiúsculo. Numa fábrica abandonada, um território-potência, ambiente de construção e desconstrução, dois corpos dançam a briga da busca. Cambalhotam e atropelam a si e ao seu reflexo num jogo de gato e rato onde os papéis se misturam e é difícil saber quem caça e quem é caçado. Apitando a luta, homem mais velho, que como um maestro, meio que orquestra, meio que projeta nos garotos suas memórias, e olha a si através dos outro dois.
Fantasma Neon (RJ)
direção Leonardo Martinelli. 2021.
João trabalha como entregador de comida por aplicativo no centro do Rio de Janeiro. Enquanto sonha em trocar a bicicleta por uma motocicleta, enfrenta a precariedade do serviço e os clientes mal educados.
Brazil 1.99 (DF)
direção Savio Drew e Elvis Lins. 2021.
O coletivo barraca itinerante Brazil 1,99 procura estudar as diversas formas como o brasileiro vive a realidade nacional e como essa vivência é traduzida em produto, narrativa e cultura overall. Procura questionar, por meio do audiovisual, da moda e de relatos dos brasileiros reais, porque costumamos dar mais valor ao externo se o interno é tão rico e multicolorido.
Homem-Peixe (RJ)
realização Revista Amarello. 2019.
Filmado na Amazônia e inspirado na lenda indígena do Guerreiro Pirarucu, Homem-Peixe aborda a jornada de autoconsciência de um jovem que reconhece sua identidade como filho da natureza. Ao resgatar a lenda indígena e traçar um paralelo com a “Teoria do espelho”, o curta metragem aborda o percurso poético do despertar para uma realidade em que a individualidade existe somente em comunhão com o todo. Narrado em Tukano, língua nativa da região do Rio Negro, Homem-Peixe propõe o encontro entre saberes ancestrais e as inquietações modernas como um convite sensível e provocador para repensar nossa relação com a Natureza.
Mutirão – O Filme (SP)
direção Lincoln Péricles (LKT). 2022.
Uma criança apresenta a construção da sua quebrada.
Neste ano, a Budweiser será a bebida oficial do Festival MC 2023 pelo segundo ano consecutivo.
O Festival MC 2023 tem patrocínio Master do Instituto Cultural Vale. Patrocínio da Budweiser, Smartfit e Grupo Tristão. A concepção é da produtora Movimento Cidade Projetos Criativos e a realização da Puri Produções, por meio da Lei Incentivo à Cultura Federal, do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC), da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo (Secult-ES).
Nessa sexta e sábado a gente tem um encontro marcado no Centro Cultural Carmélia.
A entrada é gratuita e será necessária a doação de 1kg de alimento não perecível, que serão doados para as comunidades ao entorno do Carmélia.
A colheita vai ser abundante!